terça-feira, junho 27, 2006

Depois de enrolar um pouquinho...


Fui pra SãoPaulo de novo... estudei um pouco... li "um monte"... joguei um pouquinho só de videogame... mas o que pegou foi a preguiça de escrever... hoje a vontade voltou então aproveitem mais do congresso de estéticas técnológicas que eu fui...

Uma pergunta que surgiu no primeiro dia: Não temos profissionais de videogames porque não temos indústria ou não temos indútrias por não termos profissioais???
Ao contrário das outras mídias, o consumidor de jogos quer qualidade superior a cada jogo, quer o aumento da dificuldade, quer que o desafio seja maior para que sua glória de vencer seja resaltada. Com isso acaba ficando mais inteligentes a meu ver. (tá bem... foi o Steven Johnson que disse isso) Ele também disse que isso está acontecendo na televisão e nos filmes... isso porque a geração que joga videogame desde criançinha agora é o grande público consumidor das outras mídias e como bons consumidores exigem produtos de qualidade para mastigá-los ferozmente. Eles querem não só produtos complexos, mas multimidiáticos... os filmes dos jogos costumam vender bem...

Delmar Galisi, coordenador da faculdade de jogos Anhembi-Morumbi atentou para a crise de criatividade do mercado que coloca a venda jogos iguais aos anteriores. Um adendo meu: quantas marcas 100% novas foram anunciadas para o novo console da nintendo??? nenhuma... O videogame será lançado com um novo Zelda, um novo mário e um novo super metróid além de um novo Sonic... O brasil não tem uma indústria de videogames, mas ela está começando a se criar. Como toda indústria do país tem dificulades devido aos altos impostos... a mão de obra qualificada já está surgindo, mas apenas jogos de celular estão sendo vendidos internamente... No congresso uma empresa do Sul levou um prospecto dos seus jogos que são feitos para Power PC, um tipo de palmtop que nem é vendido direito no Brasil, e os jogos são vendidos no Japão! É mais fácil eu ver a produção de brasileiros no exterior do que aqui dentro...

Um Grande Problema enfrentado é o do preconceito: desde quando jogo só é coisa de criança?? Isso é de uma estupidez tamanha!!! Me senti bem no Congresso porque, assim como Renata Gomez nos EUA em um Congresso da DIGRA (digital games research association), ela atualmente está fazendo doutorado na PucSP com sua teoria sobre imersão nos jogos, não precisei me explicar e dizer porque estudar jogos eletrônicos era importante. É tão claro o poder de informação (e formação) de um videogame que às vezes tenho que olhar para ele mediado por uma radiografia antiga, assim como fazemos para ver os eclipses...

Na foto eu com Lúcia Santaella... quando ela falava, niguém se arriscava, exceto a Diana Domingues poruqe todo mundo entende que amigo não tem muito respeito mesmo...