Atrasei uns 3 dias para escrever esse post. Essa semana foi punk de dever de casa e trabalhos em geral. Mas vamos conferir o resumao das ultimas duas semanas.
Dia 26 - terça-feira
Foi aniversário da Ayako como escrevi no outro post. Queria deixar claro que não rola mais nada entre a gente. Volta e meia alguém ainda me pergunta, mas a resposta é sempre a mesma. Bola pra frente.
Quarta-feira
Dia comum. Fui a aula, voltei para casa. Dei uma passadinha no Dom Quijote e comprei uma estante. O Bruno que mora no meu alojamento me deu a dica. Por apenas 30 reais uma estante bacana e que coube perfeitamente minha televisão. Me senti muito adulto quando eu mesmo não só montei a estante mas ainda fiz alguns buracos nela para passar os cabos do videogame por trás. Coloquei minhas no depósito do dormitório. Dica do Fred.
Quinta-feira
Almocei com a minha professora de japonês preferida no Japão: Murakami Sensei. Ela não só foi minha primeira professora como é uma pessoa muito legal. Almocamos em Akihabara que era no meio do caminho entre as nossas casas. Murakami morou um tempo na inglaterra e me contou um pouco de sua história. Me lembrei tanto de uma amiga minha no Brasil que teve o mesmo problema dela. Ela gostava muito de um rapaz e descobriu que ele era gay. =S. Mas hoje ela é casada, mas como casou mais velha não consegue ter filhos. Uma pena. Ah, e ela é formada na mesma universidade que eu estudo agora. Senpai =) Comemos Curry indiano num restaurante bem legal e barato em cima da Yodobashi câmera. Ela pagou. Vi que a Yodobashi tem, além de eletrônicos, bicicletas. Murakami sensei comprou Gyakuten Saiban (Phoenix Wright) para o DS. Trabalhei no meu projeto com o Tássio. Fiz um bilhão e meio de deveres de casa. Estudei para a prova de sexta.
Sexta
Mais um dia de aula puxado. Na volta para casa passei no Dom Quijote para comprar comida. Jantei com o Mário e a Rita num restaurante japonês legítimo. Foi muito divertido.
Sábado
Trabalho no projeto com o Tássio. Ele aí no Brasil e eu no Japão mandando bala. À tarde passo em Akihabara para ver direito a loja de bicicletas. Queria tanto comprar uma. Mas agora meio que estou desanimando porque não pára de chover. Entramos na estação de chuvas. Um mês de chuva quase todos os dias. À noite fui à uma festa em um bar brasileiro. Fui com mais uma galerinha de três japonêses da minha faculdade. Tinham três brasileiros na festa: Eu, o dono do bar e mais um cara que estava na organização do evento. De resto eram na maioria japoneses que tinham alguma ligação com o Brasil. Ou já tinham morado aqui ou trabalhavam em algo relacionando os dois países. Ouvi um japonês tocando bossa nova brasileira no violão que fiquei bolado. O cara é bom de verdade e a pronuncia do português dele cantando é perfeita. O nome dele é Michinari Usuda. www.michinariusuda.com Morou 10 anos no Rio de Janeiro. Teve também uma aula de dança muito estranha para os padrões brasileiros. Imagina se você vai a um bar e ao invés de dançar livremente tem um professor de dança ensinando e todo mundo dançando igual. Sem feeling total. 80% das pessoas no lugar eram mulheres. Conheci umas pessoas interessantes. Mas não rendeu em nada. Na volta para casa me perdi. Voei em meus próprios pensamentos ouvindo Dream Theater e quando dei por mim estava muito perdido. Uma caminhada de 20 minutos virou 1 hora. Queria tirar umas fotos de coisas diferentes que vi pelo caminho mas a bateria do meu celular acabou. Na volta, já em Shibuya encontro com meus portugueses. Mais uma vez o Mário e a Rita. Paramos para uma cerveja. Peço algo no cardápio que estava escrito "mango" e estava na sessão de alcólicos. Volto para casa feliz.
Domingo
Fiquei inspirado e escrevi as histórias que ouvi naqueles dias. Fui ao Jogo de Beisebol. Foi fantástico. O meu time, da Universidade de KEIO, havia perdido no dia anterior. As partidas são jogadas em melhor de 3. Então se ganhássemos teríamos um jogo na segunda-feira e as aulas seriam canceladas. Esse confronto de beisebol KEIO contra Waseda é tão famoso há tanto tempo que no ano passado virou um filme. Um filme que conta a história da última partida antes dos estudantes irem para a guerra. Nessa época o beisebol, esporte americano era proibido. E pouquissimos japoneses voltaram vivos da guerra para contar história.
Nunca tinha ido a um jogo de beisebol. As regras não são lá tão complicadas, mas tem muitas excessões, o que pode ser meio chatinho no começo. Mas rapidinho se aprende e você se diverte de qualquer jeito. Mas o mais interessante foi a torcida organizada. A faculdade tem uma equipe de Cheerleaders e de Ouendan (como eu expliquei em posts anteriores), além de uma banda de marcha que toca os hinos dos times. Vou descrever um pouco o evento: A gente chega no local umas 11 da manhã para o jogo que vai começar 13h. Quando dá mais ou menos 12h os líderes de torcida (homens e mulheres) começam a chamar a galera para agitar. 12h30 os líderes de torcida da equipe adversária vem e fazem uma pequena apresentação. 13h começa o jogo. Durante todo o tempo os líderes de torcida e a banda animam o pessoal: Se estamos rebatendo ficamos cantando músicas e trechos de let´s go, vamos derrotar o time adversário e etc. Quando estamos defendendo, todo mundo roda a mão no ar e faz o gesto do pitcher (que é o cara que aremessa a bola) junto como que dando força ao movimento. No meio do dia choveu. Interromperam o jogo por uma meia hora. Esperei. Estávamos perdendo. 5o inning. Volta o jogo. 2 vezes mais emocionante. Os líderes de torcida se aquecem mais ainda na chuva. Empatamos. Gritamos com força o nome de cada jogador em campo. Suamos em baixo de nossos guarda-chuvas. No 9o e último inning, tendo conquistado 3 bases e apenas um ponto atrás... Out! Perdemos. Cheguei em casa, tomei banho e dormi o sono dos guerreiros.
Fim da semana.
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