terça-feira, maio 12, 2009

A saga dos documentos 2 - a missão

Segunda de manhã. Feriado no Japão até quarta. Golden week. De manhã tiro uma folga dos estudos e vou limpar meu quarto. O aspirador de pó sugou a tecla " i " do meu teclado. Good Grief! (como diria o Charlie Brown: Que Puxa!). Fui para o banheiro e comecei a fuçar na bolsa de poeira do aspirador. Foi nojento. Mas achei 220 yenes (algo em torno de 2 dólares) e minha tecla.

Na hora do almoço vou na exposição do desenho Nodame Cantabile (fotos na sessão de fotos). Nodame é um mangá, que virou novela e anime. Quem quizer saber mais eu recomendo a wikipedia. Foram eu, a Maria (de brasília), a Adriana (também de Brasília), e Angélica (de recife). Remontaram o quarto da modame com piano e tudo e colocaram uma pianista de verdade, muito profissional, tocando as músicas que a Nodame aprende no desenho como Fran Lizst ou Bach. É muito bom quando a gente é fã ir a uns eventos desses. Abracei o mongoose! 

À noite, ligo para o Brasil, que está começando a Segunda-feira, e converso com a empresa de tradução. Tudo certo e do jeito que todo mundo queria: Terça-feira, tradução no Rio de Janeiro nas mãos da minha família. Do jeito que eu precisava. Consegui antecipar a entrega da tradução e fazer tudo do meu jeito. Será que o meu irmão viu isso? Mas à que custo: puxei ao máximo toda a cadeia de tarefas. A minha família, a secretária da empresa no Rio, a chefe do setor, até à tradutora em São Paulo. Fico imaginando que tipo de chefe eu serei. Tenho que aprender muito ainda para não esgotar tanto as pessoas para conseguir alcançar resultados. Mas consegui a tradução no dia. E todo mundo foi lá me ajudar: Meu pai, minha mãe e até mesmo o Bruno com a esposa dele, a Paula.

Terça para mim foi dia de mestrado. Mantenho minha meditação diária e escrevo 4 páginas. À noite tem festa no dormitório vizinho. O dormitório fecha cedo e as pessoas vem para o meu dormitório. Conheço uma chinesa que fez jornalismo e tem uma história muito parecida com a minha. Veio antes ao Japão, passou um ano, voltou para a China para formar em jornalismo e agora faz mestrado pelo Monbusho. Conheci também duas japas e um boliviano que eram conhecidos de alguém por ali. No fim eles perderam o trem e passaram a noite no meu quarto. Ficaram tentando me empurrar uma das japas, mas nunca vi alguém tão sem sal na minha vida. Ela era até bonitinha. Mas nem se eu mergulhasse ela em uma piscina de shoyo ela ia pegar tempero. O gente sem graça. Foram embora umas 4h45 para pegar o primeiro trem para casa.

Quarta dormi até tarde. Mais meditação e mestrado. Escrevo mais 2 páginas e fico revisando tudo. Só mexi em 2 das três questões até o momento. 

Quinta de manhã dei mais uma olhada no projeto do mestrado e comecei a apresentação que tinha que fazer na sexta. Às 15h fui para a divisa entre Tokyo e Chiba encontrar o pessoal que estudou comigo na universidade de Chiba. Quando estudei lá há 2, quase 3 anos atrás, eles eram todos do último ano de faculdade ou mestrandos. Agora estão todos trabalhando. Mas fiquei tão feliz de encontrá-los. Me dou tão bem com eles. Fiz cigarretes com massa de Gyouza. Até que colou. O queijo frito por fora dá todo o charme do gosto. Ainda não vi todo mundo mas só de saber como as pessoas estão já fiquei feliz. Chego em casa e vou terminar a apresentação. Como o trabalho é em grupo, fico com meu parceiro conversando via gmail e trabalhando no photoshop e illustrator. Vou dormir às 2h30. 

Acordo às 6h. Sexta é dia de prova de kanji. Estudo até às 8h e vou para a aula. Fiz bem a prova. Foi uma boa apresentação. Vou para casa e durmo de 18h até 00h. Acordo, jogo um pouco de Katamari, assisto TV e fico enrrolando até o sono chegar de novo. Assiti um desenho novo chamado Basquash. História mais ou menos para uma animação animal! Robôs jogando basquete!  Plots com mulheres gostosas e bichinhos bonitinhos. Tudo de bom junto!

Sábado estudo pela manhã e lá pelas 15h vou encontrar com o meu amigo de sala, o Frederic. Ele é canadense de Quebec e seu inglês é parecido com o meu. =) Chamo o Bruno para ir também. Chego lá e Fred está com Sandy e um outro amigo japonês do dormitório dele. Ele queria comprar um violão e eu queria só vê-los. Acaba que enquanto esperava o Fred decidir peço para olhar um violão meu arranhado que vi por ali. Quando toco ele é como quando o Harry Potter encontra sua varinha. A loja parece explodir e só existe deleite do som. Quando volto a mim só consigo pensar em levar aquele violão para casa. Tinha tocado um yamaha também, de cordas de aço, que tinha tocado meu coração. Mas não teve jeito, levei aquele violão clássico para casa. Ele foi feito por um luthier Japonês chamado Masaro Matano em 1972. Veio com um hard case encapado em couro marrom tipo sofá que deve ser da mesma época. Voltei para casa para tocar e estudar mais um pouco. Começo a questão 3.

Domingo servi de cobaia para um grupo de pesquisa do governo japonês. Fiquei lá durante 3 horas e tudo que tive que fazer foi ler um texto com erros comuns que Japonês. Tudo gravado em um estúdio profissa. Recebi 6000 yenes (perto de 60 dolares). Foi o dinheiro mais fácil da minha vida!!! Depois voltei para casa batalhar na questão 3.  Recebo meus documentos! 

Fim da semana




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2 comentários:

Marcelo Martins disse...

Fala Dore! Pow, vi que ta tendo gripe suína aí! Cuidado, hem! rs

abs!

Unknown disse...

Aeee Dore,

correria doida pra esses documentos hein...
q bom q deu tudo certo...
quando q vai ser a prova do mestrado então???
na duvida, boa sorte ae!!!

Abração cara.