quinta-feira, junho 22, 2006

Pensando um pouco sobre os Afegãos.



Artigo escrito para a disciplina Processo de Informação III

Alguém já parou para pensar o que as pessoas fazem no Afeganistão? Se prestarmos atenção apenas nas notícias, ficamos com a impressão de que eles ficam brigando o tempo todo entre si e com o resto do mundo. Segundo a agência de Notícias EFE, hoje, dia 9 de junho, morreram sete pessoas por lá devido a vioência do país. Mas o que chamou minha atenção é como são noticiadas as mortes. Supostos rebeldes é como foram chamadas as pessoas mortas. Entre elas estava também um funcionário de uma organização humanitária. Mas a notícia não explica o porquê dos assassinatos. A agência de notícias culpa a violência do país, mas isso parece um pouco óbvio.

Em nenhum momento é citada a posição política do governo. Nem mesmo a intenção do Taliban com essas mortes. Os jornais transformaram esse embate num confronto mocinho e bandido, colocaram os vilões como niilistas sem escrúpulos e tentam dar razão às ações do governo explicando tudo por esse víes. No fim da matéria vem uma nota: “Cerca de mil pessoas, em sua maioria supostos talibãs e cerca de cem policiais, soldados e civis, morreram no Afeganistão desde o começo do ano devido à violência que castiga o país.” Os talibans merecem morrer? E quantos não eram talibans e morreram no meio de uma troca de tiros? E o que gera essa violência dentro país? Isso não é impotante para a matéria sensacionalista que parece ter por finalidade moldar a opinião pública sobre o país.

Esse país é especial no cenário do Oriente Médio pois os Estados Unidos da América têm grande interesse em seu petróleo e é a sede do taliban, grupo responsável pelo 11 de setembro. É interessante para a maior potência econômica e armamentícia mundial que tenha apoio da opinião pública para invadir e tomar o poder. Só que mesmo assim a popularidade de Bush continua caindo. Levando a bandeira de democracia em punho eles derrubaram o regime taliban e agora mantém o regime democrático à força, assim como faziam os talibans. O atual presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, foi escolhido pelo governo dos Estados Unidos da América para dirigir o governo, ao que parece sem o apoio real da população.

Esse tipo de notícia gera uma visão falseada dos Afegãos. Quando eles imigram para outras partes do mundo, principalmente os EUA, sofrem muito preconceito. Isso me lembra o assassinato do brasileiro no metrô de Londres por terem confundido-o com um terrorista árabe. Árabe parece carregar a alcunha “terrorista” no ocidente, principalmente depois dos atentados de 11 de setembro.

Fiz uma pequena pesquisa e aqui vai alguma informação sobre o povo afegão: Não é verdade, ao contrário do que as agências de notícias americanas parecem dizer, a maioria do povo não é terrorista. Eles são divididos em 5 grande etnias e incontáveis tribos, sendo que a etnia Pashtun abrange 38% da pupulação. O país apresenta índices altíssimos de mortalidade infantil de 143,7 por 1000. O Brasil, que apresenta uma taxa considerada acima da média, tem 27 por 1000, enquanto o Japão tem a menor taxa do mundo com 2 mortes para cada mil crianças.

Isso nos mostra um país extremamente pobre que sofre com a guerra. Eternamente em estado de sítio, o país não consegue se organizar para melhorar sua infra-estrutura. Cerca de 78% da população vive no meio rural, sendo grande parte (em torno de um milhão dos seus habitantes) ainda é nômade. A esperança de vida é de 46 anos para os homens e 47 para as mulheres. Os muçulmanos são 99% da população, sendo que 20% são Xiitas, ou seja, da parte radical do fundamentalismo islâmico.

Pensar nos afegãos é pensar em todo povo árabe que é mal tratado e mal visto no ocidente. Temos que levar em consideração que eles são pessoas como nós. Em todo lugar temos pessoas boas e más. Os líderes aproveitam da situação de pobreza de seu país para sujeitar as pessoas aos ataques. É prática no Oriente Médio as famílias dos homens-bomba receberam uma boa quantia em dinheiro do grupo pelo qual o homem se matou. No desespero para proteger e cuidar de sua família os homens podem ser capazes de qualquer coisa. São homens e mulheres com costumes diferentes, e nem por isso bons ou maus, mocinhos ou vilões, apenas pessoas que assim como nós, brasileiros, tem como esporte preferido o futebol .

quinta-feira, junho 08, 2006

1º dia


Depois de chegar com mala e tudo na PUC-SP entrei para a abertura do Festival Universitários de Games. O mapa que estava no site não estava com uma escala muito boa apesar de estar muito bonitinho... andei 30 minutos com o peso da mochila nas minhas costas, mas estava tão feliz de estar indo para o festival que podia chover granizo que eu ia ficar feliz.


Lynn Alves, autora do livro Game Over: Jogos Eletrônicos e Violência, foi um achado para essa minha visita a São Paulo. Além de fazer comunicação e ser bolsista PET eu também trabalho no Instituto Metodista Granbery, fazendo um jornalzinho por lá e aprendendo sobre o ensinar. Ganhei um gosto muito grande pela área de educação devido ao meu trabalho no colégio. Bem, como toda nordestina ela me tratou super bem e foi muito solícita para me tirar uma dúvida básica: como atrair os professores para essa área tecnológica. Como? Segundo ela devo buscar parceiros dentro da escola, buscar mostrar os jogos politicamente corretos com The Sims, Age of Empires (e Carmem Sandiego por minha conta). Procurar primeiro as matérias onde parece mais claro o uso dos jogos como nas aulas de história e ir sensibilizando aos poucos ganhando a confiança do corpo docente.


Logo depois veio a fala da professora Roseli de Deus Lopes. Ela é da Escola Politécnica da USP e vem da engenharia. Ela falou algo interessantíssimo sobre a criança saber que todo aparelho pode ser transformado em jogo. Quem não vê isso são os adultos. Outro ponto que me chamou atenção na fala dela foi quando disse que o potencial on-line ainda é pouco explorado e disse que a interface mouse, teclado e joystic ainda é muito pobre. Concordo planamente, só não tinha pensado nisso ainda. Ela resalta que devemos ser próativos na hora de criarmos nossos jogos, passando com isso um pouco da cultura brasileira por meio dos games. E para finalizar ela fez, junto com seus alunos algo que eu não acreditava que poderia ser feito no Brasil. Um jogo de corrida de altíssima qualidade. GP Brasil é um arcade que nunca vou ver na minha cidade, nem mesmo no playcenter eu encontrei para jogar. Apesar do nível do jogo (pela apresentação parecia ser superior ao Nascar) ele provavelmente foi pouco distribuído.

Tenho que ir pra aula agora, depois eu continuo...

PS: na foto eu com Lynn ALves e Filomena Cordeiro Moita da Paraíba



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terça-feira, junho 06, 2006

Saudades do Metrô

São Paulo foi a viagem mais legal que eu fiz esse ano, sem sombras de dúvida. É uma cidade feita de carros com pessoas dentro. E as pessoas me fascinaram completamente. Apesar de ter conhecido Lúcia Santaella, (que merece um parágrafo só para ela), conheci uma pessoa que me marcou muito: Mirna Feitosa. Jornalista que fez seu doutorado baseado em games e é coordenadora do grupo de estudos CS:GAMES em São Paulo. Virou um parâmetro para mim. Linda, ela está solteira e é uma pena eu não ser alguns anos mais velho para poder me arriscar... hehe

Dizendo a que vim, o I CONGRESSO DE ESTÉTICAS TÉCNOLÓGICAS, junto com o I FESTIVAL UNIVERSITÁRIO DE GAMES, foram fantásticos! Sempre tive a esperança de que muitas pessoa no Brasil estudavam e davam grande relevância ao estudo e à produção de jogos eletrônicos, e só em São Paulo pude ver que estou no caminho certo.

O congresso tratou de assuntos como bio-arte e a utilização de novas tecnologias em todas as esferas do pensamento humano, como a moda por exemplo. Já o festival incentivou a produção de games nacional premiando jogos e produzindo workshops e palestras. Era uma pena ter que escolher o tempo todo qual o evento mais importante no momento já que os dois estavam acontecendo paralelamente e muitas atividades coincidiam horário. No fim tudo deu certo e eu saí muito feliz com tudo.

Santaella, presidenta do congresso, é a maior autoridade de semiótica peirceana no mundo. Além disso, ela é casada com um alemão, por sinal muito simpático, que também é um grande especialista da obra de Pierce. Eu cheguei um pouco mais cedo para não perder o início das atividades do festival e quando ela chegou na PUC-SP todas as atenções se concentraram naquela mulher baixinha e elegante de traços marcados e sorriso amistoso. Durante todos 4 dias de evento, quando ela falava todo o auditório ficava em silêncio. O que ela falava valia como lei. Exceto para a Diana Domingues que parecia ser uma amiga íntima e com amigos às vezes a gente perde um pouco o respeito. hahaha

Por hoje ficam apenas as primeiras impressões, a partir de amanhã: conteúdo! Vou falar e divagar um pouco sobre o que eu ouvi por lá... byebye

PS: Essa foto eu fiz com a máquina tosca do meu pai na saída do metrô na estação Tietê, perto da rodoviária. Mas no fim ficou muito legal.

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quarta-feira, maio 31, 2006

São Paulo que se cuide!

Paguei por não ter espírito coletivo e ter me organizado sozinho para ir para São Paulo. Se tivesse me unido as pessoas da minha faculdadeteria economizado as passagens que ficaram em 130 reais. Mas por outro lado, esqueceram que eu também estava organizando minha viagem. Esqueceram e não me chamaram para ir junto. Na verdade, só fiquei sabendo quando eles conseguiram as passagens. É o que parece, fiquei um pouco chateado, mas meu rancor dura só alguns segundos...
De qualquer jeito vou para o congresso ESTEC e para o Festival de Games na puc. Vou tentar sugar o máximo de informação possível de todas as palestras para fazer valer a pena o dinheiro investido. Sábado a tarde, parte menos importante do congresso para mim, vou à Liberdade. O bairro de tradições nipônicas vai ser um prato cheio para meus estudos sobre o Japão. Como vou para lá em setembro, minha vida está focada nisso. Estou estudando menos japonês do que deveria, muito trabalho no Granbery e na faculdade mas faço o máximo e do melhor jeito que posso. Vou tentar não gastar todo meu dinheiro com mangás e animês, mas não prometo nada.
Ah, ontem ganhei uma blusa de brim verde musgo com bolso canguru e capuz do meu professor de Semiótica. Acho que foi uma recompensa por eu ser o "ajudante do mês" na aula dele. Não faço nada de mais além de prestar muita atenção no que é falado e repassar os textos do Aluísio Trinta, meu professor, para o resto da turma. Acho que ele gostou de mim.
Eu tô super ansioso para viajar. Vou para uma cidade gigante sozinho! ALONE! e estou adorando a idéia. Vou estudar muito! Aqui em Juiz de Fora quase nunca tenho um tempo só pra mim. quando posso ficar sozinho tenho um bilhão de compromissos sociais. É muito difícil deixar os amigos e namorada de lado para estudar, na verdade é difícil falar pra eles que um livro, num sábado a noite, pode ser o melhor programa. Todo mundo deveria ter o direito de querer ser uma ilha, vez ou outra, mas uma ilha com acesso a internet e uma biblioteca. Lembrando de ativar o bloqueio de pessoas no msn e no orkut.
Posto de lá... no vemos em SP

sábado, maio 27, 2006

Que Legal! Eu dei uma palestra sobre videogames


Acabei de apresentar uma palestra sobre videogames na educação! A platéia composta por professores e coordenadores do Instituto Granbery além dos acadêmicos da Academia Granberyense de Letras foi muito legal comigo e não fez perguntas que eu não soube responder. =)
O artigo que acabei de escrever para mais um congresso de comunicação (intercom) fala também sobre esse tema.

Estou com um problema: Não estou conseguindo disponibilizar on-line os audios da palestra. Quem tiver interesse envie um email para gustavodore@gmail.com pedindo os audios ou o arquivo em pdf ou .doc.

Obrigado por acessar e volta amanhã pois tem mais novidades...

Qualquer dúvida sobre a palestra me mande um e-mail...

terça-feira, maio 23, 2006

Começando Bem uma Página Pessoal



Esse agora vai ser o modo prioritário de comunicação minha com o mundo... Assim que eu aprender a colocar podcasting aqui então ninguém me segura... haha

Quero que quem leia esse blog saia enriquecido de algum modo... que cresça enquanto lê o que posto por aqui, que pense... Nessa primeira semana estarei disponibilizando meus três artigos científicos que falam sobre videogames, robôs e impactos das novas tecnologias... nas próximas nem deus sabe...

Sempre que tiver um tempo sobrando posto alguma impressão minha sobre algum aspecto do mundo que me agrada ou desagrada, sobre algo que me comove e merece atenção. Quem me conhece sabe que me importo muito com questões relevantes e essenciais como gastronomia e não dou muito importância assuntos banais como ecologia e política mundial... (copiei essa piada de alguém mas não consigo me lembrar quem...)

De qualquer jeito é isso aí... deixo por fim um recado:

"Sejam legais uns com os outros"
Bill e Teddy, uma aventura fantástica

PS: qualquer dúvida envie um e-mail para gustavodore@gmail.com