domingo, maio 31, 2009

Histórias de um hotel em Tokyo

Como comentei no outro post, tenho ouvido muitas histórias interessantes. Mas não queria que elas se perdessem no tempo e no espaço. Por isso as escrevo aqui. 

Como hoje as histórias se passam em um Hotel me lembro do Waltinho. Quantas histórias guardadas ele não deve ter de milhares de hóspedes que passam todos os meses por seus quartos, corredores, restaurants e loobys. Dessa vez vou repassar as histórias contadas a mim por Ricco de Blanc, o gerente geral do hotel Ritz Carlton no Japão. Ele foi convidado por meu professor para dar uma palestra em minha aula de business. Sua palestra foi mais sobre motivação do que realmente administração, mas ele é um bom contador de histórias. Consigo lembrar bem de 3.

A primeira que ele contou foi a história de um homem queria pedir a namorada em casamento mas não sabia como. Pediu ajuda ao gerente dos camareiros que passava pelo corredor. O gerente dos camareiros convocou uma reunião geral entre os funcionários do hotel e planejaram tudo.  Na noite seguinte o plano entraria em ação. Lá pelas 19h o rapaz chama sua namorada para jantar no hotel. Quando chegam ao restaurante, que fica no último andar, o maitre já os leva para o melhor lugar da casa com a melhor vista. E eles pedem um champagne e começam a conversar. O rapaz faz um sinal que está dando tudo certo para o garçom. O garçom avisa a outros funcionários que trazem para a mesa uma escultura de gelo em formato de um arco. A moça já está achando aquilo tudo muito estranho, mas muito bonito. Ele olha para o relógio e começa a cronometrar sua fala. Depois de exatos 23 minutos ele a pede em casamento e estende mão. O anel cai em sua mão de dentro da escultura de gelo. O pessoal do restaurante calculou quanto tempo ia gastar para o anel cair de acordo com a temperatura ambiente. Ela não resistiu e depois de muitos Oh, Oh, Oh, disse sim. Algum tempo depois eles voltaram e se casaram no próprio Ritz Carlton. 5 milhões de yenes.

A segunda história é o do drink mais caro do mundo. Basicamente ele é o champagne mais caro da casa servido com um diamante Bulgari de 1.6 carat dentro da taça. Custa 1.5 milhões de yenes, o que seria algo em torno de 16 mil dólares. http://www.msnbc.msn.com/id/18472876/ . E Ricco explica que o coquetel não tem nada a ver com vender ou não vender. Eles não se importam com isso. O que chama a atenção é todo o glamour e propaganda gratuita que vem junto. Atualmente o Ritz Carlton é o hotel mais caro do Japão e é esse um dos motivos dele continuar dando lucro mesmo em época de crise. Ele não é baseado no produto em si, mas em seu valor agregado.  Em um certo dia eles decidiram tentar vender o cocktail "Diamonds are forever" e até hoje já venderam 3! Um dia um homem de negócios queria impressionar uma mulher e perguntou ao barman o que deveria fazer. O barman sugeriu: - Porque você não compra o drink que vem com um diamante? O homem de negócios nem pensou duas vezes.

A terceira e última história dos hotéis tem a ver com os homens de negócios e suas amantes. Segundo Ricco isso parece ser algo muito comum por aqui já que todo fim de semana seu hotel recebe muitos, mas muitos casais desse tipo. Suas funcionárias da recepção foram treinadas para aplicar um pequeno golpe. Quando elas reparam que a situação é do homem com usa amante elas agem da seguinte forma: Elas demoram um pouco mais no computador e dizem olhando para a amante. "Uma suite acabou de ficar vaga e posso fazer por apenas 14 000 yenes a mais do que o quarto comum. Vocês desejam trocar para a suíte?" A amante já faz uma cara de que está superimpressionada com a idéia de ficar em uma suíte no Ritz Carlton e começa a sorrir mais do que de costume. O homem faz uma cara de "Putz, vai ser quase a mesma coisa por mais 150 dólares!" Mas quando ele olha para a cara da sua acompanhante ele não consegue negar e paga. Em um fim de semana são muitos quartos que viram suítes em Tokyo. Se o cliente está satisfeito, deixo para a imaginação de vocês. E Ricco completa contabilizando: " E o pobre coitado do homem que chega com sua acompanhante, geralmente muito mais nova, deixa 1000 dólares no hotel em uma noite.


sexta-feira, maio 29, 2009

Só um repassador de histórias

Hoje eu vou deixar registradas algumas histórias que ouvi no Japão de outros estrangeiros. São interessantes pois que não queria esquecê-las tão facilmente. Se escrevo, me lembro. =)

A primeira delas foi a que ouvi por último. Ouvi de dona Maria Rita, de Portugal.

Não me lembro exatamente como o assunto chegou nesse ponto. Mas ela me disse que, alguns anos atrás, em Portugal houve um ocorrido interessante relativo aos brasileiros. Em uma pequena cidade ao norte de Portugal, da qual ela não se lembra o nome, havia uma grande comunidade de brasileiros. E por via de regra, havia um extenso mercado para prostituição. Ah, me lembrei porque ela me contou essa história: Estávamos a discutir estereótipos. Pois bem, com o aumento de brasileiros na região a oferta também aumentou e diretamente supriu a demanda. Nota-se que falamos de um tipo de comércio. =) Mas havia algo de diferente naquela cidadezinha do interior do nosso país sede da colônia, as prostitutas (que não necessariamente precisamos eufemizar com Damas da Noite) tinham caso em geral com apenas um homem. Sendo dessa forma um tipo de amante muito barata. Mas a cidade era pequena e as brasileiras eram tantas que por fim todo homem adulto da cidade tinha para si uma brasileira de estimação. As mulheres da cidade se reuniram e foram as ruas protestar contra a pouca vergonha e a "fornicação" sem escrúpulos das brasileiras. Estas, nem um pouco intimidadas, diziam às redes de TV portuguesas, em alto e bom som, que as mulheres portuguesas não faziam seus maridos felizes. E por mais que as portuguesas pudessem insultar as brasileiras, essa era uma guerra perdida. 


A segunda história de hoje veio do meu amigo Kimjong, da Coréia do Sul

Kimjong trabalha para o ministério das relações internacionais da Coréia e pediu para estudar japonês no Japão. ele já é casado e tem uma filha de 1 ano e meio. Arrisco dizer que Kim está entre as pessoas mais agradáveis que já conheci. Um cara de bom humor e que consegue ver a situação engraçada em meio a tragédia. A história de hoje é um pouco trágica. Kim conta que durante o seu tempo de militar, (assim como no Brasil o serviço na Coréia do Sul é obrigatório para homens acima de 18 anos), ele foi enviado durante um tempo para a fronteira com a Coréia do Norte. Diz ele que a guerra ainda não acabou. Que podemos dizer que os presidentes apertaram "Pause" no controle remoto. E por isso ainda existem os campos minados. - "Mas a princípio os campos são longe das cidades" perguntei em tom de afirmação. No entanto, não esperava por aquela resposta. Kim disse que em junho e julho, assim como no Japão, existe na Coréia a temporada de chuvas. Chove intensamente durante esses meses, as vezes por vários dias seguidos. Os campos minados são inundados e a enxurrada leva as bombas para o pé do morro ou para o leito dos rios. Ainda hoje ouvem-se casos de crianças deformadas pelas bombas de uma guerra que não existe.

Outro dia eu continuo,
Se divirtam

Gustavo Dore


terça-feira, maio 26, 2009

tampa de privada bob marley

Reparou a proteção para tampa de privada rastafari. Aqui se acha de tudo, meu filho. 

hahaha

*seção de fotos - nice design

Explicando algumas fotos do meu album

Na propaganda de Museu tem vários comentários interessantes/estranhos para uma propaganda.
Elas tentam falar algo sobre a figura. 

A que mais me chamou a atenção é uma que tem um menininho e está escrito: "Que menina bonitinha. NON! Eu sou um menino!" *Esse NON seria uma tentativa de um Francês? haha

A outra tem duas estatuas de animais sobre rodas e o texto diz: "será um grand prix entre o leão e o porco-espinho?" 

Tem horas que eu desisto de entender esse país. haha

Achei também uma sacola escrita em português errado. Já é de conhecimento geral que os japoneses adoram escrever em inglês errado. Mas português é raro de ver. Na sacola da minha professora de japonês estava escrito. "Somos todos iquais essa noite" com q no lugar do g.

Na minha antiga faculdade tem um prédio novo lindo. Teve até uma novela que já usou o prédio como cenário, de tão legal que ficou. Makuhari é muito bonita  muito vazia. Tudo de bom para usar de set de filmagem. Quando morava lá isso acontecia direto.


bjos para quem fica.



Você anotou na sua agendinha?

Oi gente, 

Se vocês se lembram, terça-feira é dia de atualização do blog.

Como atualizei sábado de noite, vou começar a partir de onde parei. Sexta e sábado foram dias parados em termos de movimentos mas muito movimentados em termos de idéias. Além dos meus estudos estava lendo o romance Stardust, escrito pelo Neil Gaiman. Lindo conto de fadas e estrelas, literalmente. ^^.

Domingo foi dia de Esportes. Fui para Kanda, minha antiga faculdade no Japão e participei do dia dos esportes junto com o meu clube de rock. foi muito divertido. Uma pena que choveu e os jogos de futebol e softball (que é tipo um beiseball com uma bola mais leve) foram cancelados. Jogamos volei apenas. Vencemos 3 perdemos 2 jogos. Ainda jogamos um pouco de futebol embaixo da chuva, mas lá pelas 15h estávamos cansados e ficamos só conversando.  Voltei para casa, tomei um banho gostoso de banheira, li mais um pouco e dormi. Recebo um e-mail da Ayako dizendo que seu turno mudou de horário e que não vamos sair mais no dia do seu aniversário. Me disse também que não precisava mais de conversar comigo, que ela já tinha entendido o recado. Não acredito muito em nenhuma das duas conversas.

Segunda
Aula de 9h às 18h. Fim do livro e um pouco de Samurai Jack antes de dormir fizeram o meu dia bem feliz. 

Terça (hoje)
Acordei às 6h30. às 7h15 estava trabalhando no PC. Fiquei conversando um bom tempo com o Tássio, estamos pensando em um projeto juntos. Gosto muito de falar com ele. Me senti muito mal quando descobri que esqueci do seu aniversário. Ficar longe é foda. Tem certas coisas que não dá para controlar. Estava calor e tinha muito dever de casa. Resolvi não sair e ficar estudando. Fui almoçar no refeitório da Universidade de Tokyo perto da minha casa e encontrei com Julien, a Maria e o Lorenzo. Foi muito agradável. Ainda fiquei por lá estudando na biblioteca. Que lugar agradável! Se soubesse que era legal assim tinha ido estudar lá antes. Jantei por lá com o mesmo pessoal também. No fim a Maria disse que ia comprar um balde na loja de 99 yen (que é um tipo de 1,99). Por fim ela não comprou o balde, mas eu comprei e acabei comprando também tesoura, grampeador, bala, chocolate e blá blá blá e gastei uma grana boa. Não teve jeito. Volto para casa e tento falar com a Ayako já que é aniversário dela. Ela realmente ainda estava trabalhando, me disse sua irmã mais nova (que é mais simpática comigo do que a outra). Escrevo no meu blog.

sábado, maio 23, 2009

Foi muito bom estar de volta

Eu não voltei para o Brasil. Fui visitar minha segunda terrinha, Makuhari, em Chiba. E meio longe de onde eu moro agora. Demorei 2 horas para ir e mais o mesmo tempo para voltar. Mas valeu casa segundo. A idéia é simples: Só existe alívio por que tem a dor; Só existe a felicidade do reencontro por que existe saudade.

PS> esquanto escrevo este post estou conversando com a Ayako. Parece que ela quer voltar. Diz que terminar pela internet deixou tudo mal resolvido. Eu falei com ela que nao. Que tá tudo muito bem resolvido, eu aqui e ela lá. hihi no fim do post eu conto como continuou a conversa.

foi Quinta Feira.
Fiquei estudando para a aula de business da sexta-feira até uma da tarde e logo deixei meu dormitório. Passei no prédio do consulado brasileiro, logo em frente a estação de Gotanda, na Yamanote Sen. No 6o andar tem uma loja que tem produtos brasileiros. Não só comida, mas livros também. Conheci uma modelo brasileira de 17 anos que já mora no Japão há 3. ela era bonita normal. Mas tinha uma coisa que me incomodou um pouco era que ela não conseguia pronunciar o R. Ai que vontade de mandar ela para uma fonoaudióloga! Ainda bem que modelo não precisa de falar para sobreviver. haha

Comprei uns presentinhos. Caixas de bombom, café e guaraná antártica.

2 horas depois estava na sala dos professores da minha antiga faculdade. Fui super bem recebido e comecei a distribuir as lembrancinhas. Descobri que minha antiga professora de conversação mora do lado do meu dormitório e faz esse trajeto todo dia! Mas o mais chocante foi descobrir que minha professora de japonês preferida, a Murakami Sensei, tinha parado de dar aula lá. Mas no fim consegui o telefone dela e vou almoçar com ela semana que vem. Na quinta-feira. =) Não se preocupem ela era feia e casada. Mas era muito simpática e engraçada!

Depois encontrei com os alunos de português. A Mei e a Yuu, que moraram no Brasil no Ano passado foram lá me receber. Me levaram para conhecer o novo prédio da universidade de Kanda. Não há palavras para descrever a felicidade do arquiteto em fazer tal complexo de biblioteca e compartimentos de cada país em um longo prédio de vidro. Lindo! E no interior, além de algumas paredes de vidro, cada país que a escola ensina a lingua tem uma decoração típica. Na parte dedicada à China, os alunos ficam embaixo de uma cobertura falsa que relembra a entrada de um templo chinês, por exemplo. Para o Brasil, nada de muito excêntrico, apenas muitas mesas e cadeiras feitas de material pardo, que lembra um pouco a cor da junta. Muito bom gosto.

PS2> A Ayako tá falando que quer me encontrar terça-feira para conversar. É o dia do aniversário dela. Eu não acho uma boa idéia. Ela vai sair chorando e vai juntar isso com aniversário. Mas é ela que está insistindo. Vamos conversando...

Abracei um monte de gente, conversei com o professor Takagi, responsável pelo departamento. Fui apresentado à nova professora, que entrou no lugar da Lilian sensei, que casou, mudou para os Estados Unidos e não te convidou. =). A nova professora Carla é de curitiba e também muito simpática. NADA de japonesa! Conheci também o Hugo, um brasileiro que foi depois de mim para o Japão pela UFJF. Muito gente boa e apaixonado pelo Japão, ele resolveu extender e agora já mora aqui há quase dois anos.

Mas o melhor ainda está por vir. Passei pelo escritório para encontrar os funcionários, dei outros abraços e presentes. Sugimoto san, o responsável e dono do dormitório aonde morei, estava em reunião. Depois fui passear um pouco. E vi uma galera jogando frisbie!. Fiquei olhando com cara de cachorro sem dono e uma japonesa sorridente e muito bonitinha abanou a mão e disse para mim: "Join Us!"
Não pude resistir. Foi uma delícia! Joguei uma hora de frisbie! No meio das pessoas tinha um professor chamado Eric, que era americano mas falava português. Falava com muito sotaque, mas falava bem.

Depois passei no lugar aonde o meu antigo clube de rock se reunia. Não é que a galera ainda estava lá!!! Foi o maior jato de energia positiva que recebi no dia. Tinha um cara, o Satochi, que era o cara mais boca boa do planeta, e que tocava muita guitarra e cantava bem pra caramba, que ainda estava lá. Por vagabundagem ele atrasou a faculdade um ano! Mas fiquei tão feliz de revê-lo e ver que não só ele, mas a galera ficou feliz em me ver de novo. Me convidaram para o evento de esportes amanhã da faculdade. To dentro! Tudo de bom! diversão sem limites!

E por fim fui no meu antigo dormitório. Na porta já encontro com dois brasileiros. O Túlio e o Hugo. O Túlio fazia artes na UFJF. O Hugo conseguiu a façanha de pular do nível 1 de japonês para o nível 4!!!! Totalmente inédito! O cara é bom!
De resto, Nada mudou. A Okaasan, a dona do lugar continua a mesma. A filha dela cresceu um pouco mas continua a mesma coisa.

 Uma vez a Ayako foi me visitar (e era proibido entrar visita no quarto, mas ela pulou a janela). Daí eu joguei uma camisa em cima do abajur de mesa para reduzir a luz para dar um climinha. O abajur derreteu e a camisa pegou fogo e grudou no no plástico do abajur. hahahaha Então, não é que a Okaasan guardou o abajur todo deformado e usa na hora de instruções para novos bolsistas sobre cuidados e prevenções. hahaha Mas foi muito gentil da parte dela pagar um sushi num restaurante ali perto para mim e s outros brasileiros. No dormitório encontrei também a Thaís, que faz direito na UFJF e mais uma vez o primeiro Hugo, que estava por lá de bobeira.

Foi muito bom rever o Sugimoto san, que chegou mais tarde. ele tinha já tomado umas e outras e estava jorrando felicidade quando me viu. Eu também estava MUITO feliz de verdade de vê-lo novamente. Ele está passando por uma situação difícil no trabalho, estagnação. Já faz há 8 anos o mesmo serviço. E apesar de ser o chefe do departamento, ele gostaria de crescer mais na empresa. Para isso, só mudando de cargo. Mas no nosso encontro foi só alegria. Prometi para ele que voltarei mais vezes. Me senti muito querido esse dia.

Volto para casa feliz e MUITO cansado. Mato as aulas de sexta-feira pela manhã.

PS3: A Ayako disse que como a gente terminou pela internet ela não consegue sentir que terminou de verdade. Eu disse suavemente como um cavalo: "Mas eu já disse que não quero mais namorar com você pela internet e vou dizer a mesma coisa na sua frente. Você só vai sofrer mais assim." Mas ela respondeu: "Mesmo assim eu quero conversar cara a cara com você." Então eu realizarei o desejo dela e me encontro com ela terça para jantar. Quarta eu posto o que aconteceu.

Abraços e desculpe pelo post gigante, mas é que fiquei feliz de ir a Makuhari e queria deixar marcado em detalhes.

quarta-feira, maio 20, 2009

Monkey News

Gente, eu detestava ler os textos dele na Folha de São Paulo. achava ele um babacão que fica só falando coisas sem pé nem cabeça em anedotas que só ele via. o que estava errado?

Ele merecia uma plataforma mais multimídia. Agora está ótimo! Fantástico! Engraçadíssimo! Buemba! Buemba! 
O nosso amigo (agora que eu gosto dele ele virou meu amigo) Macaco Simão tem um programa semanal no site do UOL que é simplesmente muito engraçado. Ainda vem acompanhado de piadas e sacanagens da semana com auxílio de fotos e vídeos. 

Descobri a poucas semanas o seu programa enquanto procurava por podcasts interessantes para rechear meu mp3 e me ajudar a esquecer dos grandes periodos dentro do trem.

Você vai alegrar um pouco o seu dia rindo das histórias do nosso país pelo olhar desse brilhante colunista. 


PS: Ainda não consigo ler em ele no jornal   

=P


terça-feira, maio 19, 2009

Tem alguma coisa de errado nessa história?

Vou abrir meu coração, só um pouquinho. =)

Na volta para a casa de domingo, depois de jantar na casa da Ayako, eu perguntei para ela sobre o aniversário dela. Se ela ia fazer alguma coisa especial e coisa e tal. Daí eu falei para que se ela fosse fazer alguma coisa para me chamar. A resposta dela foi: "It is so nice of you to want to come to my birthday...". Daí passou um tempo e eu comentei que talvez ao invés de fazer algo em Chiba, ela poderia comemorar em algum lugar legal em Tokyo. *detalhe: pensei que seria mais fácil para mim não ter que ir lá e imaginei um lugar no meio do caminho. Ou seja, totalmente egoísta. E sabe o que ela respondeu: "Oh! You are thinking about my party for me. It is really nice of you!"

Pera aí!

Como assim eu me ofereço de gaiato para ir numa possível festa de aniversário dela e ainda sugiro que o lugar seja mais perto da minha casa e ela ainda acha legal?

Será que ela ainda gosta de mim e qualquer coisa que eu falo parece legal? Ou será que o Japão trata tão mal as pessoas que quando alguém quer encontrá-las para celebrar o aniversário elas já acham que é um gesto de bondade e não uma obrigação entre amigos?

Fiquei ligeiramente encucado...

Wolfram Alpha - mecanismo de busca

Não é o Google! É diferente. Ao invés de te dar os links para as coisas que você quer achar, ele já te oferece os dados.
Muito bom para pesquisas para trabalhos em geral. Mas ruim se você quiser achar a pizzaria mais perto da sua casa.

Vale a pena brincar com ele. Especialmente bom para matemáticos, ele pode não só dar o resultado da sua equação mas ainda te oferecer gráficos. Maravilhoso. Feito pela empresa Wolfram, que geralmente faz softwares para física e matemática, o Wolfram Alpha tem potencial. Divirtam-se. É tão bom que faço propaganda de graça! hahaha

http://www62.wolframalpha.com/

Marque na sua agendinha - Terça é dia de atualização

E a semana passada terminou com suspense. Será que Dore conseguiu entregar os documentos a tempo? Ele sai com uma menina, quem será? Será que ele conseguiu fazer a prova de japonês segunda com perspicácia? Confira nas próximas linhas. haha

Segunda.
Acordo as 6 da manha, dou uma revisada no material de japonês para a prova no primeiro horário. Só penso na questão 3 do meu mestrado. Vou mal na prova. Aula após aula, chego em casa às 19h. Fico batalhando na questão 3. Tiro um descanso e aprendo a tocar Wave do Tom Jobim no violão. Vou dormir sem resolver nada.

Terça
O grande dia da entrega dos documentos. Às 7h começo a reescrever a questão 3. Encontro com algumas pessoas no Gmail. Lá pelas 10h encontro com a Maria Bitarello. Uma santa na minha vida que corrigiu o meu inglês nas questões 1 e 2. Disse a ela que lhe devo um braço, a lá estilo Kill Bill. - não com sangue espirrando (o que também seria kill bill), mas fazendo referência à cena em que o mestre Pai Mei diz para a Uma Thurman que o braço dela pertencia a ele e que ela deveria treina-lo e fazê-lo forte. Termino tudo à 13h e vou para a faculdade imprimir. Tudo funciona nos conformes e às 15h estou entregando minha prova com as três questões e mais todos os documentos. Vou para casa descansar. Jogo Katamari para relaxar um pouco.

Quarta
Aula de 9h às 18h. Chego em casa morto e recebo um e-mail da faculdade dizendo que tem um problema com meus documentos. Fico gelado! O inglês da secretária é ruim e não entendo o que aconteceu. Depois de tanto sofrimento por causa desse diploma. Fico um pouco na internet e vou dormir.

Quinta
Pela manhã vou a faculdade na hora em que o escritório abre para saber direito o problema. Como não estou acostumado a ir para esse campus, erro o trem e pego o trem expresso, que me deixa 5 estações a frente da minha. Pego um trem de volta e paro na estação certa. A secretária queria uma cópia também do meu diploma em português. Ela tirou a cópia, anexou à tradução e todo mundo ficou feliz. Ainda tentei ver o meu orientador, mas ele não estava. Volto para casa e faço um milhão de exercícios atrasados devido a prova do mestrado. Passo o resto do dia fazendo isso. No meio do caminho noto que falei para um amigo da faculdade, que tinha faltado a ultima aula de business, que tínhamos que entregar um trabalho grande na sexta. Ligo para um e para outro e no fim não consigo falar com ele.

Sexta
O meu amigo me diz que ficou até de madrugada fazendo o trabalho. Peço desculpas e explico que é só para a próxima semana. Ele faz aquela cara de "Putz, ralei tanto à toa" mas entende. Por fim, ele não vai na aula. Volto para casa. Recebo um telefonema da Sanae, aquela que conheci pela internet e que mora em Londres, dizendo que tinha acabado de chegar no Japão. Fomos a um Yakiniku, que literalmente significa carne frita. É um restaurante que tem uma chapa no meio da mesa e vc pede a carne crua fatiada. Daí vc mesmo joga a carne na chapa e vai comendo. Depois estava tendo uma festa no meu dormitório mesmo, passamos por lá um pouco.

Sábado
Festival de Asakusa! Fotos na sessão de fotos! Festival de rua com barraquinhas, muita gente, muita comida e porcariazinhas para vender. Muito parecido com uma festa junina. Fiquei sabendo que, em Kobe, local aonde foram descobertos casos da gripe suína, os festivais que iriam acontecer naquele fim de semana foram cancelados. Sabado à noite Welcome Party no dormitório. A festa foi organizada pelo KIND. É uma comunidade da região aonde moro que ajuda os estrangeiros a se ligarem mais à cultura japonesa, interando os estrangeiros em festivais, bazares, viagens a pontos turíscos e etc. Um trabalho legal do KIND é que quando ocorrem catástrofes como terremotos eles se prontificam a recolher e enviar suprimentos para as vítimas. A Welcome Party foi para atrair os intercambistas novos para fazer parte. Parece legal, estou cogitando a idéia. Assisto um filme e como pizza hut com a Sanae.

Domingão
Sanae vai embora. Vou visitar a família da Ayako! Vida corrida! Viajo 2 horas até a casa da ayako. Nem foi caro, ficou em uns 32 reais ida e volta. Revejo todo mundo por lá. As irmãs dela ainda me tratam como um ET. O que eu não deixo de parecer às vezes. O pai e mãe dela me tratam muito bem e ficam o tempo todo puxando assunto e talz. Tinha muito sashimi da melhor qualidade e mil e uma outras coisas para comer. A Ayako fez também Curry. O pai dela agora está estudando cristianismo, só de curiosidade, e estava me fazendo umas perguntas. Mas infelizmente ele perguntou para um não cristão. Tentei ser o mais educado possível para não ficar falando só mal das coisas. A mãe dela estava feliz com os presentes recebidos do Brazil. A Ayako parecia feliz em me ver. Ela me devolveu meu celular antigo e o carregador de bateria. Vi fotos antigas e numeros antigos e bateu uma puta saudade de quando vivi aqui da outra vez. Ela me devolveu dois controles do Dance Dance revolution, aquele jogo de dança do Playstation. volto para casa.

Fim da semana

Wolfram Mecanismo de busca

Não é o Google! É diferente. Ao invés de te dar os links para as coisas que você quer achar, ele já te oferece os dados. 
Muito bom para pesquisas para trabalhos em geral. Mas ruim se você quiser achar a pizzaria mais perto da sua casa. Vale a pena brincar com ele. Especialmente bom para matemáticos, ele pode não só dar o resultado da sua equação mas ainda te oferecer gráficos. Maravilhoso. Feito pela empresa Wolfram, que geralmente faz softwares para física e matemática, o Wolfram Alpha tem potencial. Divirtam-se

http://www62.wolframalpha.com/

Terça e dia de atualização no blog

E a semana passada terminou com suspense. Será que Dore conseguiu entregar os documentos a tempo? Ele sai com uma menina, quem será? Será que ele conseguiu fazer a prova de japonês segunda com perspicácia? Confira nas próximas linhas. haha

Segunda. 
Acordo as 6 da manha, dou uma revisada no material de japonês para a prova no primeiro horário. Só penso na questão 3 do meu mestrado. Vou mal na prova. Aula após aula, chego em casa às 19h. Fico batalhando na questão 3. Tiro um descanso e aprendo a tocar Wave do Tom Jobim no violão. Vou dormir sem resolver nada.

Terça
O grande dia da entrega dos documentos. Às 7h começo a reescrever a questão 3. Encontro com algumas pessoas no Gmail. Lá pelas 10h encontro com a Maria Bitarello. Uma santa na minha vida que corrigiu o meu inglês nas questões 1 e 2. Disse a ela que lhe devo um braço, a lá estilo Kill Bill. - não com sangue espirrando (o que também seria kill bill), mas fazendo referência à cena em que o mestre Pai Mei diz para a Uma Thurman que o braço dela pertencia a ele e que ela deveria treina-lo e fazê-lo forte. Termino tudo à 13h e vou para a faculdade imprimir. Tudo funciona nos conformes e às 15h estou entregando minha prova com as três questões e mais todos os documentos. Vou para casa descansar. Jogo Katamari para relaxar um pouco.

Quarta
Aula de 9h às 18h. Chego em casa morto e recebo um e-mail da faculdade dizendo que tem um problema com meus documentos. Fico gelado!  O inglês da secretária é ruim e não entendo o que aconteceu. Depois de tanto sofrimento por causa desse diploma. Fico um pouco na internet e vou dormir.

Quinta 
Pela manhã vou a faculdade na hora em que o escritório abre para saber direito o problema. Como não estou acostumado a ir para esse campus, erro o trem e pego o trem expresso, que me deixa 5 estações a frente da minha. Pego um trem de volta e paro na estação certa. A secretária  queria uma cópia também do meu diploma em português. Ela tirou a cópia, anexou à tradução e todo mundo ficou feliz. Ainda tentei ver o meu orientador, mas ele não estava. Volto para casa e faço um milhão de exercícios atrasados devido a prova do mestrado. Passo o resto do dia fazendo isso. No meio do caminho noto que falei para um amigo da faculdade, que tinha faltado a ultima aula de business, que tínhamos que entregar um trabalho grande na sexta. Ligo para um e para outro e no fim não consigo falar com ele. 

Sexta
O meu amigo me diz que ficou até de madrugada fazendo o trabalho. Peço desculpas e explico que é só para a próxima semana. Ele faz aquela cara de "Putz, ralei tanto à toa" mas entende. Por fim, ele não vai na aula. Volto para casa. Recebo um telefonema da Sanae, aquela que conheci pela internet e que mora em Londres, dizendo que tinha acabado de chegar no Japão. Fomos a um Yakiniku, que literalmente significa carne frita. É um restaurante que tem uma chapa no meio da mesa e vc pede a carne crua fatiada. Daí vc mesmo joga a carne na chapa e vai comendo. Depois estava tendo uma festa no meu dormitório mesmo, passamos por lá um pouco.

Sábado
Festival de Asakusa! Fotos na sessão de fotos! Festival de rua com barraquinhas, muita gente, muita comida e porcariazinhas para vender. Muito parecido com uma festa junina. Fiquei sabendo que, em Kobe, local aonde foram descobertos casos da gripe suína, os festivais que iriam acontecer naquele fim de semana foram cancelados. Sabado à noite Welcome Party no dormitório. A festa foi organizada pelo KIND. É uma comunidade da região aonde moro que ajuda os estrangeiros a se ligarem mais à cultura japonesa, interando os estrangeiros em festivais, bazares, viagens a pontos turíscos e etc. Um trabalho legal do KIND é que quando ocorrem catástrofes como terremotos eles se prontificam a recolher e enviar suprimentos para as vítimas. A Welcome Party foi para atrair os intercambistas novos para fazer parte. Parece legal, estou cogitando a idéia. Assisto um filme e como pizza hut com a Sanae.

Domingão
Sanae vai embora. Vou visitar a família da Ayako! Vida corrida! Viajo 2 horas até a casa da ayako. Nem foi caro, ficou em uns 32 reais ida e volta. Revejo todo mundo por lá. As irmãs dela ainda me tratam como um ET. O que eu não deixo de parecer às vezes. O pai e mãe dela me tratam muito bem e ficam o tempo todo puxando assunto e talz. Tinha muito sashimi da melhor qualidade e mil e uma outras coisas para comer. A Ayako fez também Curry. O pai dela agora está estudando cristianismo, só de curiosidade, e estava me fazendo umas perguntas. Mas infelizmente ele perguntou para um não cristão. Tentei ser o mais educado possível para não ficar falando só mal das coisas. A mãe dela estava feliz com os presentes recebidos do Brazil. A Ayako parecia feliz em me ver. Ela me devolveu meu celular antigo e o carregador de bateria. Vi fotos antigas e numeros antigos e bateu uma puta saudade de quando vivi aqui da outra vez. Ela me devolveu dois controles do Dance Dance revolution, aquele jogo de dança do Playstation. volto para casa.

Fim da semana


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"よろしくお願いいたします。ご連絡お待ちしています。"

Gustavo Dore(Orkut, Facebook, Live Mocha, MIXI)
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terça-feira, maio 12, 2009

A saga dos documentos 2 - a missão

Segunda de manhã. Feriado no Japão até quarta. Golden week. De manhã tiro uma folga dos estudos e vou limpar meu quarto. O aspirador de pó sugou a tecla " i " do meu teclado. Good Grief! (como diria o Charlie Brown: Que Puxa!). Fui para o banheiro e comecei a fuçar na bolsa de poeira do aspirador. Foi nojento. Mas achei 220 yenes (algo em torno de 2 dólares) e minha tecla.

Na hora do almoço vou na exposição do desenho Nodame Cantabile (fotos na sessão de fotos). Nodame é um mangá, que virou novela e anime. Quem quizer saber mais eu recomendo a wikipedia. Foram eu, a Maria (de brasília), a Adriana (também de Brasília), e Angélica (de recife). Remontaram o quarto da modame com piano e tudo e colocaram uma pianista de verdade, muito profissional, tocando as músicas que a Nodame aprende no desenho como Fran Lizst ou Bach. É muito bom quando a gente é fã ir a uns eventos desses. Abracei o mongoose! 

À noite, ligo para o Brasil, que está começando a Segunda-feira, e converso com a empresa de tradução. Tudo certo e do jeito que todo mundo queria: Terça-feira, tradução no Rio de Janeiro nas mãos da minha família. Do jeito que eu precisava. Consegui antecipar a entrega da tradução e fazer tudo do meu jeito. Será que o meu irmão viu isso? Mas à que custo: puxei ao máximo toda a cadeia de tarefas. A minha família, a secretária da empresa no Rio, a chefe do setor, até à tradutora em São Paulo. Fico imaginando que tipo de chefe eu serei. Tenho que aprender muito ainda para não esgotar tanto as pessoas para conseguir alcançar resultados. Mas consegui a tradução no dia. E todo mundo foi lá me ajudar: Meu pai, minha mãe e até mesmo o Bruno com a esposa dele, a Paula.

Terça para mim foi dia de mestrado. Mantenho minha meditação diária e escrevo 4 páginas. À noite tem festa no dormitório vizinho. O dormitório fecha cedo e as pessoas vem para o meu dormitório. Conheço uma chinesa que fez jornalismo e tem uma história muito parecida com a minha. Veio antes ao Japão, passou um ano, voltou para a China para formar em jornalismo e agora faz mestrado pelo Monbusho. Conheci também duas japas e um boliviano que eram conhecidos de alguém por ali. No fim eles perderam o trem e passaram a noite no meu quarto. Ficaram tentando me empurrar uma das japas, mas nunca vi alguém tão sem sal na minha vida. Ela era até bonitinha. Mas nem se eu mergulhasse ela em uma piscina de shoyo ela ia pegar tempero. O gente sem graça. Foram embora umas 4h45 para pegar o primeiro trem para casa.

Quarta dormi até tarde. Mais meditação e mestrado. Escrevo mais 2 páginas e fico revisando tudo. Só mexi em 2 das três questões até o momento. 

Quinta de manhã dei mais uma olhada no projeto do mestrado e comecei a apresentação que tinha que fazer na sexta. Às 15h fui para a divisa entre Tokyo e Chiba encontrar o pessoal que estudou comigo na universidade de Chiba. Quando estudei lá há 2, quase 3 anos atrás, eles eram todos do último ano de faculdade ou mestrandos. Agora estão todos trabalhando. Mas fiquei tão feliz de encontrá-los. Me dou tão bem com eles. Fiz cigarretes com massa de Gyouza. Até que colou. O queijo frito por fora dá todo o charme do gosto. Ainda não vi todo mundo mas só de saber como as pessoas estão já fiquei feliz. Chego em casa e vou terminar a apresentação. Como o trabalho é em grupo, fico com meu parceiro conversando via gmail e trabalhando no photoshop e illustrator. Vou dormir às 2h30. 

Acordo às 6h. Sexta é dia de prova de kanji. Estudo até às 8h e vou para a aula. Fiz bem a prova. Foi uma boa apresentação. Vou para casa e durmo de 18h até 00h. Acordo, jogo um pouco de Katamari, assisto TV e fico enrrolando até o sono chegar de novo. Assiti um desenho novo chamado Basquash. História mais ou menos para uma animação animal! Robôs jogando basquete!  Plots com mulheres gostosas e bichinhos bonitinhos. Tudo de bom junto!

Sábado estudo pela manhã e lá pelas 15h vou encontrar com o meu amigo de sala, o Frederic. Ele é canadense de Quebec e seu inglês é parecido com o meu. =) Chamo o Bruno para ir também. Chego lá e Fred está com Sandy e um outro amigo japonês do dormitório dele. Ele queria comprar um violão e eu queria só vê-los. Acaba que enquanto esperava o Fred decidir peço para olhar um violão meu arranhado que vi por ali. Quando toco ele é como quando o Harry Potter encontra sua varinha. A loja parece explodir e só existe deleite do som. Quando volto a mim só consigo pensar em levar aquele violão para casa. Tinha tocado um yamaha também, de cordas de aço, que tinha tocado meu coração. Mas não teve jeito, levei aquele violão clássico para casa. Ele foi feito por um luthier Japonês chamado Masaro Matano em 1972. Veio com um hard case encapado em couro marrom tipo sofá que deve ser da mesma época. Voltei para casa para tocar e estudar mais um pouco. Começo a questão 3.

Domingo servi de cobaia para um grupo de pesquisa do governo japonês. Fiquei lá durante 3 horas e tudo que tive que fazer foi ler um texto com erros comuns que Japonês. Tudo gravado em um estúdio profissa. Recebi 6000 yenes (perto de 60 dolares). Foi o dinheiro mais fácil da minha vida!!! Depois voltei para casa batalhar na questão 3.  Recebo meus documentos! 

Fim da semana




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Mais uma semana se foi! - começa a saga dos documentos

Vou começar de onde parei. Desculpem ter ficado tanto tempo sem escrever, mas vou explicar o porquê.
Há 15 dias atrás tive aquela aula de empreendedorismo com a arquiteta e super motivadora Ivana. 

Depois na quarta foi feriado. Mas acaba que estava por conta dos documentos do meu mestrado: Quando cheguei ao Japão meu plano era me preparar até setembro, fazer a prova de mestrado em outubro e só começar a pesquisa em março do ano que vem. Enquanto isso ficaria estudando Japonês. Até que encontrei meu orientador pessoalmente e ele me falou o seguinte: "O que a faculdade espera de você: que você frequente devidamente as aulas; desenvolva sua pesquisa teórica; e que faça parte de um Projeto Real no desenvolvimento de um produto." - Até aí tudo bem. E ele continuou - "Sei que você pediu para começar no ano que vem, mas gostaria que você fizesse a prova de uma vez. Decidimos que a próxima prova será apenas para mestrandos em japonês. Então faça um esforço e tente conseguir todos os documentos a tempo."

Assim começa minha saga. Fui ao consulado para descobrir que precisa resolver tudo no Brasil. Minha família entra na jogada.

Aproveito o feriado para ligar para o Brasil para saber como andam as coisas com a tradução. Descubro que se a tradução chegar no dia que eles pediram não irá chegar à tempo. Peço para o meu irmão o telefone da agência de tradução. Brigo com ele porquê ele me trata como um retardado e não confia em nada do que faço. Falo com ele que consigo negociar, mas ele não só não acredita como ainda começa a gritar comigo. Ligo para a agência e converso com a secretária pois a chefe dela só ia chegar à tarde naquele dia. Ela me diz que não haverá problema. Ligo para o Brasil e digo triunfante que está tudo bem. No dia seguinte, às 5 da manha recebo um e-mail do meu irmão encaminhado chefe dizendo que haveria problema. Me sinto derrotado. Ligo para o Brasil às 5h10 e converso com a chefe. Negocio os prazos. Ela diz que vai se esforçar mas que haveria a possibilidade de ter que buscar o documento em São Paulo. Passo o resto da quinta fazendo um mapa detalhado de São Paulo para os meus pais que nem por um momento hesitaram. 

Sexta-feira seria feriado no Brasil, ou seja, um dia morto. Sexta tenho aulas puxadas e à noite durmo às 18h. Acordo às 22h e vou para um mercado fazer compras básicas de comida que estava em falta na minha geladeira. Como é tarde, pego a bicicleta do Fred (que é de Santos Dumont e fez UFJF) para facilitar a vida. Faço um caminho alternativo para tentar relaxar. Vou descer um morrinho bacana e noto que o Fred esqueceu de me dizer algo importante: A bicicleta está sem freio! Parei com a sola do tênis, mas o susto foi grande. A sorte é que estava devagar.

Sábado eu fico estudando o dia inteiro. Leio um livro sobre Zen budismo e criatividade. Faço a minha primeira sessão de meditação sozinho. Começo a sentir uma diferença no ar. À noite encontro com o Bruno, um outro brasileiro que chegou junto comigo aqui no dormitório, para comer sushi. 

Domingo é dia de excursão do meu dormitório. Vamos para o local de eventos de sumo no Japão, aproveito um festival que está acontecendo perto e ainda vamos ao Museu Edo Tokyo que é também coladinho ali na estação de Ryogoku. Apanho feio de um lutador de sumo de verdade (video filmado por amigos, ainda tenho que pegar com eles). Curto o museu. A companhia do Leandro e da Adriana no Museu foi muito agradável e quero fazer projetos com eles um dia. Ele é programador e ela designer gráfico. Chego em casa meio morto meio vivo. 
Faço minha segunda sessão de meditação e meus estudos rendem muito! Começo a pegar pesado nas questões do meu mestrado. A prova foi da seguinte forma: Eles me deram 3 questões e me deram 3 semanas para fazer um texto de no máximo 8 páginas. Apesar de não ser nada muito difícil, eram questões sobre como me vejo no futuro e sobre o meu projeto. Durmo muito tarde.

Fim da semana.

2009/5/12 Gustavo Dore <gustavodore@gmail.com>



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terça-feira, abril 28, 2009

Os dias se repetem mas nunca são iguais.

Mentira, segunda-feira foi um dia bem normal.
Até rolou um joguinho de wii no fim do dia para me alegrar, mas nada de diferente. Ah, menti mais uma vez.

Acabei de lembrar que tem uma japonesa que faz a aula de Japanese Cinema comigo que me mandou um e-mail com desculpa esfarrapada que não tinha lido o material da aula e se eu não podia sentar ao lado dela para ajudá-la. E no fim ainda me chamou para almoçar comigo na sexta. Maria gaijin total! Ela é linda, mas tem 1m53cm. É muito pequena! Quem gosta de gente pequena é o Thales (meu primo)! - sem ofensa Thales - Eu prefiro elas um pouco mais altas. Não precisa ser alta de mais, mas não curto a sensação de que a menina vai quebrar se eu abraçar mais forte. 

Terça-feira
Fiz o Check up de rotina na faculdade. Foi tudo tranquilo. Almocei por lá, cheguei em casa e à tarde fui me encontrar com Ivana Figueiredo. Queria uma ajuda para o meu trabalho na matéria de business. Tenho que apresentar um projeto de um negócio que possa funcionar no Japão. Não precisa ser um plano de negócios muito detalhado. Só a idéia e o porque vale a pena fazer o projeto. 

Não é que a Ivana era palestrante de cursos de jovens empreendedores. Além da Ivana ser muito bonita e super alto astral, ela possuía a própria empresa de arquitetura no Brasil, em vitória, e me deu uma super aula. Me abriu muito a cabeça para a idéia do empreendedorismo (será que é esse o termo?). Ainda mais que tenho os exemplos do Waltinho e da Flávia que sempre conversam muito comigo sobre isso e  me dão uma idéia das possibilidades. No momento não, mas com o andar do meu mestrado, sabe-se lá aonde vou parar. E sabe-se lá se um dia eu vou parar...

Mil idéias novas. Muito Obrigado Ivana.

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Domingo é dia de churrasco!

Domingão, churrasco dos brasileiros da região. 

Não sei ao certo, mas deve ter dado umas 80 pessoas naquela festa. E carne a vontade. Uma loucura. Os gaúchos assumiram a churrasqueira e aí pronto, não teve erro. A organização ficou por conta do Claus, o cara que cantou com a gente no sábado. Foi tudo mil maravilhas. Muita cerveja, suco, refri e carne importada comprada pela internet de um site que vende produtos brasileiros no Japão. 

A maioria do pessoal era brasileiro estudante como eu. Alguns a mais tempo por aqui. Mas sempre quando a gente acha que faz a coisa mais legal do mundo vem alguém e arrasa. Conheci um cara que estudou robótica e agora trabalha na Sharp, um outro que trabalha com engenharia espacial ( ! ) ; e um cara que trabalha com videogames na KONAMI! AAAA!!! Eles apelaram de coisas legais! Claro que tinham tantos outros lá com histórias tão boas ou melhores do que a desses 3, mas não deu tempo de conhecer todo mundo. 

Esperança de um futuro próspero!!! Foi assim que saí do Churrasco, com a sensação de que tudo vai dar certo. 

Finalmente revi a galera do koshukai, e foi muito bom encontrar com o bruno, a melina, o vinicius e etc. Mais uma vez fiquei muito tempo na companhia do belo horizontino e dos portugueses que são excepcionalmente agradáveis. 

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Sábado é dia de ensaio com banda

Como vocês leram no post anterior, na quinta-feira fiquei estudando.

Na sexta-feira tive aula e depois vim para casa. O jogo Katamari Damashi que comprei pela internet para playstation chegou! Mas nesse dia nem joguei. Peguei o violão de um brasileiro emprestado e fui treinar as músicas que sábado fui chamado para um ensaio! 

Sábado. 
Estava chovendo muito e dava até um desânimo no espírito sair de casa com aquele tempo. Mas como tínhamos marcado horário fomos honrar nossos compromissos. O estúdio alugado é um bem famoso chamado Noah. Fica no centro de Shibuya, pertinho da estação. Quando eu entrei no estúdio ele era gigante, até para os padrões juizforanos. Lindo, com as paredes cheias de espelhos, abusava de amplificadores marshal, Fender, Roland e para o baixo um amplificador da Ampeq. A batera era uma Pearl com acabamento prata brilhante, esqueci de olhar a marca dos pratos. Tudo do melhor. E nem precisei levar um contrabaixo. Afinal, ainda não tenho um por aqui. Cheguei no balcão para pedir um baixo e a mocinha me olhou com uma cara triste e disse: "Desculpa mas os outros baixos já foram alugados, agora só tem fender, pode ser!" Eu nunca canso de me impressionar com a qualidade de tudo aqui. O ensaio foi muito legal. O Fred, que é daí de Santos Dumont e fez JF que me chamou e toca guitarra. O batera é o Rômulo, um cara que já está aqui de monbusho faz uns 4 ou 5 anos. O cara é gigante! Mas tudo que ele tem de grande ele tem de bem humorado. No vocal entrou o Claus. Um cara que não tem lá o treinamento musical mas muito bem intecionado. Uma companhia muito agradável. E fizemos 3 horas de som. Ficou caro! Fico até sem graça de falar o preço. Mas valeu a pena pela qualidade e pela experiência. Na próxima procuramos um estúdio menos em um lugar menos badalado. =)





Tocar no Japão é uma coisa bem bacana. 

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quinta-feira, abril 23, 2009

Nem o primeiro nem o último

Sabe que hoje estava pensando em como reduzir o stresse causado pelos trens lotados no Japão. Durante esse pensamento me veio a mente a mesma idéia do filme Crash: As pessoas podem estar se amontoando e se esfregando tanto assim pois elas sentem falta do toque, do contato com outras pessoas, e inconscientemente agem dessa maneira para suprir essa necessidade.

E como explicar o ônibus lotado no Brasil? Safadeza dos políticos que tem mil tramoias com as empresas de transporte publico para não aumentar o numero de ônibus das frotas municipais e interestaduais. O problema é quando tem uns espertinhos que aproveitam para dar uma encoxada nas meninas. Essa de tarado o Japão também tem bastante.  Sad but true.

Gustavo Dore

inspiração

Acabei de voltar do parque perto da minha casa. Estava lendo um livro chamado "A Whole new Mind". Não me lembro da última vez que me senti tão feliz ou inspirado. Não sei se foi o parque, as crianças correndo perseguidas por suas mães, o dia lindo, estar no Japão ou foi o livro.

Abraços,
Dore

terça-feira, abril 21, 2009

Playstation 2

Aonde foi mesmo que eu parei?
Lembrei, na sexta-feira. Logo depois que escrevi aquele post eu fui numa festa de boas vindas para os estudantes estrangeiros. Foi bem legal, conversei com um milhao de pessoas em 1 hora. Acho que os mais legal da noite foi a apresentacao do Ouendan e das lideres de torcida. (Fotos na secao de fotos, album Welcome party). Deveria ter tirado mas fotos, mas quando lembrei disso era tarde.

Sabado
Fui almocar com o Bruno, um cara muito bacana do Rio Grande do Sul. Acaba que ele me mostrou que posso comer na lanchonete da Universidade de Tokyo mesmo sem ser aluno. Fomos tambem a um lugar perto que poderiamos comprar aparelhos eletronicos usados. Comprei uma daquelas maquininhas de fazer arroz que todo mundo tem por aqui. Depois fiquei estudando ate de noite. Sai so para comprar comida.

Domingo.
Acordei super tarde e fui almocar com os brasileiros do dormitorio em um Kaiten Sushi. Aqueles sushizinhos que vem em uma esteira. Geralmente sao dois por algo em torno de um dolar. Saimos de la em cima da hora para o evento mais emocionante do dia: Um bazar de coisas usadas no meu dormitorio. Comprei uma tv 14 polegadas por 5 reais! E o melhor do dia. Comprei um Playstation 2 por 20 dolares!  Mas nao e porque eu comprei o Play 2 que meu post esta com esse nome. Mais a noite sai com a Sanae, pois ela ia embora para londres na segunda, para comer okonomiaki (e uma massa de farinha, ovo, repolho, soja e vc acrescenta carne, queijo ou outra coisa que preferir. O legal e que voce e que joga a massa numa chapa de metal na sua mesa. - esqueci de tirar fotos.). Aproveitei e comprei uns jogos de play 2 doido para testar. Quando corri para o meu quarto o Play 2 nao funcionou!!!  E como foi comprado em um bazar nao tinha como trocar.

Segunda
Aula bombante de 9 as 18h. Janto no Mcdonalds com o Bruno e quando chego em casa vejo que a Sanae me mandou um e-mail que ela achou na internet um cara que ensinava a consertar. Durmo sem querer as 21h.

Terca feira - O grande dia!
Acordo as 4 da manha. Finalmente monto o meu wii na minha pequena tv. Jogo um pouco de Prince of Persia 2. Falo com o Ulisses. Falo com os meus pais. Volto a dormir. Acordo as 10. Vou para a rua comprar uma chave philips para tentar consertar o Playstation. Compro uma frigideira, detergente e um conjuntinho desses de chave que tem uma base e algumas chaves para trocar. Vou para a faculdade tirar xerox de uns textos que o professor da aula de Japanese Cinema indicou. no meio do caminho encontro duas americanas perdidas e as ajudo a achar o trem. Elas perderam o horario por confundir estacoes e no fim a moca do balcao foi super simpatica e trocou as passagens para elas. Vou para a faculdade e passo 1 hora xerocando os documentos. Encontro uma japonesa que fala portugues e morou em Sao Paulo.

Volto para casa e o Experimento comeca! Abro meu playstation segundo as instrucoes que podem ser conferidas aqui.http://www1.plala.or.jp/evolution/ps2.html Mexo em tudo que o cara explica, limpo a lente com algodao sem alcool porque nao achei para comprar. Nao sabia como se fala em japones e estava sem meu dicionario. E EUREKA!!! EU CONSERTEI MEU PLAYSTATION 2!!!! To me sentindo muito bem comigo mesmo e por isso fiz questao de deixar registrado esse post.

Abracos a todos e agora vou estudar um pouquinho que ja esta passando da hora.
Gustavo Dore